Hoje, vamos falar de uma “gigante” que, além de ser uma linda árvore, tem uma grande importância histórica para o Brasil, a palmeira imperial.
Robusta e de grande porte, a palmeira imperial, que é uma das mais de duas mil espécies de palmeiras catalogadas, alcança, na sua vida adulta, entre 30 e 40 metros de altura. Suas folhas também são bastante expressivas e medem de 3 a 5 metros de comprimento. Seu longo tronco cilíndrico é de cor cinza claro, com diâmetro entre 40 e 60 centímetros, sendo a sua base um pouco mais grossa do que o restante. Outro destaque são os palmitos encontrados no seu caule, que podem superar 2 metros de comprimento.
Para não dizer que não falei das flores (e dos frutos)…
Embora seja conhecida pelo seu tamanho e por suas longas folhas, a palmeira imperial também dá lindas flores. A inflorescência se dá na primavera, na base do seu palmito, em longos cachos de até 1,5 metros, com flores masculinas e femininas na cor branca.
O que muitas vezes passam despercebidos, também, são seus frutos. Sim, a palmeira imperial dá frutos! De formato elíptico e cor roxa quando maduros, eles se formam no verão e são atrativos para diversas aves silvestres, em especial psitacídeos, como papagaios, araras e caturritas.
Essa palmeira tem história
A primeira palmeira imperial que chegou por aqui foi plantada pelo príncipe regente Dom João VI, em 1809, e foi por muito tempo um símbolo da aristocracia no Brasil, pois só tinham essa árvore aqueles a quem a Família Real escolhia. Acredita-se que todas as palmeiras imperiais cultivadas no país descendem desta primeira palmeira, que foi denominada Palma Mater e foi destruída por um raio em 1972. Assim, essa espécie recebeu aqui o nome popular de “imperial”, se popularizando mais tarde.
As primeiras plantas que chegaram ao Brasil vieram das Ilhas Maurício, do Jardim La Pamplemousse, obtidas clandestinamente por Luiz de Abreu Vieira e Silva, que as ofereceu a Dom João VI.
A maior palmeira imperial é do Brasil
Em 2018, foi descoberta no Horto Florestal de Rio Claro, em São Paulo, a, até então, maior palmeira imperial catalogada no mundo, medindo 42 metros de comprimento. A descoberta foi feita pelo suíço Vincent Fehr, doutorando na Universidade Aarhus, da Dinamarca, que estava fazendo intercâmbio na Universidade Estadual Paulista.
Incidente na Casa
Em 30 de abril de 2008, uma das nossas palmeiras centenárias caiu sobre o telhado do salão expositivo da Casa da Ciência, por consequência da grande chuva e dos fortes ventos que assolaram o Rio de Janeiro naquele dia. O telhado do salão ficou danificado e uma obra de reparo precisou ser feita, fazendo com que a exposição “Caminhos do passado, mudanças no futuro” e outras atividades fossem suspensas até o seu reparo. No momento do incidente, o salão estava vazio e ninguém se feriu.
Como cultivar e cuidar
Para plantar a palmeira imperial, a primeira coisa que você precisa é de espaço, pois essa árvore cresce muito. É muito importante verificar se não há fiação elétrica ou outra coisa nas proximidades. Geralmente, ela é plantada a partir de mudas já pegadas com, no mínimo, 60 centímetros de altura. O plantio deve ser feito no local definitivo em uma vala de tamanho adequado para a planta, com uma mistura de areia grossa e fertilizantes orgânicos ou adubo NPK 10-10-10.
Ela também necessita de muita exposição ao sol para o seu desenvolvimento. Embora prefira o clima tropical e quente, a palmeira imperial pode ser cultivada em climas mais amenos, porém, em locais mais frios ou com geadas constantes, pode não sobreviver.
Para saber mais
http://www.umpedeque.com.br/arvore.php?id=647
https://sitiodamata.com.br/blog/dicas/palmeira-imperial-caracteristicas/
https://www.brasildefato.com.br/2021/03/26/a-historia-da-palmeira-imperial-no-brasil