Santos Dumont, mesmo durante a pandemia, não deixou de recordar!

A imagem é uma ilustração de Santos Dumont e um balão de diálogo com a frase "Ei, você que está trabalhando de casa, sabia que eu já fazia home office lá no início do século XX?"
Ao fundo, seu home office, com livros em cima da mesa e de uma prateleira. No canto inferior esquerdo, a logo da Casa da Ciência.

Olá, meu nome é Alberto Santos Dumont, acredito que você já deve ter ouvido falar de mim! Fui um inventor e sou considerado o Pai da Aviação. Assim como você, que hoje está trabalhando de casa neste período de pandemia, no início do século XX eu já fazia home office. Hoje, vou contar um pouco da minha história e como faço parte da história da Casa da Ciência. 

Sou mineiro, nascido em 1873, e desde pequeno me interessava por mecânica. Meu sonho era criar um aparelho que permitisse ao homem voar controlando seu próprio curso, inspirado nos livros do Julio Verne. Assim, no fim do século XIX, me mudei para Paris, a fim de estudar, e me apaixonei pelo balonismo. Em 1901, ganhei um prêmio do Aeroclube de Paris por levantar voo com meu dirigível n° 6, dar a volta na Torre Eiffel e retornar ao ponto de partida em apenas 30 minutos! Mas acha que parei por aí? Meu feito mais ilustre aconteceu em 12 de novembro de 1906, quando realizei o primeiro voo em um aparelho “mais pesado que o ar”, com o 14-Bis. 

Em 1918, de volta ao Brasil, construí uma casa em Petrópolis, no Rio de Janeiro, que batizei de “A Encantada”, projetada para ser pequena e prática. Hoje, talvez a chamassem de “loft”, pois funcionava como biblioteca, escritório e sala de jantar, sem divisória, e minha cama servia como gaveteiro e se transformava em uma escrivaninha! Além disso, naquela época eu já pedia comida por delivery através de uma linha telefônica ligada ao hotel do outro lado da rua.

Faço parte de muitos momentos especiais da Casa da Ciência, como teatro, palestras e até desfile de escola de samba! Em 2002, a peça Dumont, o sonho de um voador, da Cia. Troppa de Fantoches em Cena, foi bem legal! Já em 2004, a Unidos da Tijuca foi vice-campeã do Grupo Especial das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, com o enredo O sonho da criação e a criação do sonho: a arte da ciência no tempo do impossível, realizado em parceria com a Casa, e eu fui a fantasia de uma ala! No mesmo ano, a peça e exposição Um voo para Santos Dumont, da Cia. Preto no Branco, trouxe mais de 800 visitantes à Casa. E, em 2006, o ciclo de palestras Santos Dumont para poetas comemorou o centenário do voo do 14-Bis.

Nesses 25 anos da Casa da Ciência, tivemos muitos encontros que espero que não parem por aí!

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