Em 2020, a Casa da Ciência faz 25 anos. Mal vejo a hora de começar a festejar!
Sou Juliano Moreira e tenho uma relação com a edificação da Casa de quase um século. Mas, antes de contar nossa história, vou me apresentar.
Muitos não sabem, mas sou baiano. Minha mãe, descendente de escravizados, trabalhava como doméstica na casa de um dos diretores da Faculdade de Medicina da Bahia. Foi lá onde me formei, ainda aos 18 anos.
De 1903 a 1930, fui diretor do Hospício Nacional de Alienados, hoje Palácio Universitário da UFRJ, na Praia Vermelha, onde promovi uma grande reforma. Sempre acreditei que os pacientes psiquiátricos deveriam ser tratados como outros pacientes (é usuário que se chama hoje em dia, né?) e lutei pela humanização dos sanatórios. Há quem diga até que eu sou o pai da psiquiatria brasileira, veja só!
E o que isso tem a ver com a Casa da Ciência? Bem, em 1925, participei da inauguração de um sanatório do Hospício Nacional para as nossas usuárias tuberculosas: o Pavilhão Alaor Prata. Nem em meus maiores sonhos poderia imaginar que esta edificação se tornaria um centro de cultura e ciência que é referência no Brasil. E é por isso que quero ser o primeiro a chegar na festa!
Já estou abrindo a Casa para os convidados que vão chegar ao longo do ano, porque, em 2020 #ÉFestaNaCasa.