Quanta história a Casa da Ciência e eu compartilhamos ao longo de quase 25 anos! Ver a cultura, a beleza e alma brasileira sendo apresentadas a todos os povos é algo que sempre desejei. E, por isso, me orgulho de tantas parcerias. Aproveitando que hoje comemoramos o Dia Nacional da Arte, se você ainda não me conhece, vou me apresentar: sou Candido Portinari, um artista plástico que tem muito orgulho de ser brasileiro.
Nasci em São Paulo e sou filho de imigrantes italianos. Mesmo sendo de origem humilde, desde muito novo já manifestava meu talento como artista. Comecei a pintar aos nove anos e, aos quinze, me mudei para o Rio de Janeiro, para estudar na Escola Nacional de Belas Artes. Mas foi bem longe de casa, no meu período em Paris, que percebi meu amor pela terra onde nasci. E, assim, decidi retratar o Brasil em minhas telas, com sua história e cultura, seu povo, fauna e flora.
Em meus quadros, gravuras e murais, representei a alma brasileira. Pintei a pobreza, as dificuldades e a dor em cores fortes, mas também pincelei o ser humano em situações de ternura , solidariedade e paz. Minhas obras e minha atuação política e cultural no Brasil me renderam reconhecimento dentro e fora do país, onde recebi convites de diversas instituições culturais, políticas e religiosas, para realização de exposições e criação de obras. Também ganhei prêmios e honrarias em todo o mundo, mas nenhum deles se compara ao carinho que recebi do povo brasileiro, tão orgulhoso de meu trabalho.
Os painéis Guerra e Paz, que criei para a sede da ONU, na década de 1950, são alguns dos trabalhos que me ligam à Casa da Ciência. No ano de 2012, durante as comemorações do Dia Mundial da Ciência pela Paz e pelo Desenvolvimento, a Casa realizou atividades inspiradas em minha obra, incluindo o plantio de uma muda de Ipê no jardim, com a ajuda de meu filho João Candido. Mas a parceria entre a Casa e o Projeto Portinari, que tem a coordenação de arte-educação de Suely Avellar, não acaba por aí. Em 2003, a exposição Portinari nos ateliês do samba mostrou o processo de pesquisa, criação e produção do desfile da escola de samba Paraíso do Tuiuti, que me escolheu como enredo daquele ano. E as exposições O Brasil de Portinari, em 1999, e Portinari – arte e meio ambiente, em 2012 e 2018, também encantaram alunos, professores e todos que vieram conhecer as réplicas digitais de minhas telas e participar de oficinas, com muita arte e ciência, relacionando minhas obras a conceitos de óptica, luz, perspectiva e mistura de cores.
Assim como meu amor pelo Brasil, meu carinho pela história da Casa da Ciência é gigante!
Quer saber um pouco mais da minha história? Visite o site do Projeto Portinari.
Espetacular tudo isso sobre Portinari Agora não posso ir a Casa da Ciência como fazia e vou matar a saudade no meu email Obrigada a vcs