Uma Casa cheia de aventuras!

Como mantemos nossa Casa cheia de aventuras!? 

A arte apresenta três fotos: a primeira é um recorte do cenário da exposição 4 ½ Semana de Arte e Loucura (2002), onde aparecem quatro crianças de costas, observando algo, acima tem uma tela com a pintura de um peixe colorido nadando coberta por um tecido transparente. A segunda mostra, na exposição Vida (1995), uma professora rodeada por três crianças de uniforme escolar, e uma segura um ninho entre as mãos. Acima da foto, há uma circunferência vermelha, com o desenho de uma casa, e outra laranja, com pontos de interrogação e exclamação. Na terceira, uma criança se diverte segurando uma bola de metal, e seu cabelo está todo arrepiado, durante a exposição Descubra e divirta-se (1998). No canto inferior esquerdo, há uma circunferência azul, onde está escrito 25 anos, e o logotipo da Casa da Ciência.
Primeira foto: 4 ½ Semana de Arte e Loucura (2002). 
Segunda: Vida (1995). Terceira: Descubra e Divirta-se (1998), Acervo: Casa da Ciência da UFRJ

Você já visitou alguma exposição da Casa da Ciência da UFRJ? Já participou de algumas de nossas atividades? Nesses 25 anos de existência, divulgamos muita ciência em exposições, oficinas, mostras de vídeos, cursos, ciclos de debates, palestras, seminários, espetáculos de teatro e música, turismo científico etc. 

As exposições temporárias e itinerantes nos permitem discutir vários aspectos da ciência, de forma compreensível e divertida, com os interessados de todas as idades. E, para nós, também é um campo de experimentação e criatividade. Assim, quem sabe, despertamos o cientista que há em você! Afinal, ciência é estudo e descoberta, é atitude crítica e questionadora!

Desde 1995, já exibimos mais de 50 exposições. Recebemos milhares de visitantes e, entre eles, alunos das redes de ensino, pública e particular, através de agendamento prévio. Muitos retornaram, nos finais de semana, com seus pais, irmãos e amigos! É incrível como a aventura expositiva gruda na alma! Dá vontade de experimentar de novo. É como aquela sensação de arrepiar o cabelo, no gerador de Van der Graaff, da exposição Descubra e Divirta-se (1998, 2005 e 2016), que vive até hoje na memória de quem a visitou. 

Mas você tem ideia do custo de uma exposição!? Mesmo o projeto mais simples é caro e envolve vários profissionais, de diferentes áreas. A parceria é vital para o nosso trabalho! Nossas atividades dependem da relação com centenas de parceiros, de dentro e fora da UFRJ, como institutos de pesquisa, universidades, agências financiadoras (CNPq, FINEP, FAPERJ), fundações (FUJB, Fundação COPPETEC, Fundação Vitae), secretarias de governo, empresas públicas e privadas, além de museus e centros culturais. Assim, conseguimos viabilizar e enriquecer nossa programação. 

A itinerância permite aumentar o alcance de uma exposição e levar conhecimento a muito mais pessoas, com economia de recursos. É sempre estimulada pela Associação Brasileira de Centros e Museus de Ciência (ABCMC). Algumas de nossas exposições viajaram para outros lugares, como a Educação em Bytes (1995, 1996 e 1997), que foi montada no Shopping Iguatemi/RJ (1997), depois em São Paulo e Brasília. À época, recebeu milhares de visitantes, que, em sua maioria, nunca tinham acessado um microcomputador. Imagina! Caminhos do Passado, Mudanças no Futuro (2007 e 2008) foi montada no Museu da Maré, em 2009, no Rio de Janeiro. Que alegria foi essa aventura pelo mundo da geologia! Cadê a Química? e Energia Nuclear fizeram sucesso no Centro de Ciências da UFJF, em Minas Gerais. 

Não faltaram encontros de sucesso: com o Departamento de Geologia da UFRJ, fizemos duas grandes exposições – Caminhos do Passado, Mudanças no Futuro (2007 e 2008) e Sensações do Passado Geológico da Terra (2011). O Projeto Portinari nos aproximou do carnaval (2003 – Portinari nos Ateliês do Samba) e, depois, da ciência na obra de Portinari (1999 – O Brasil de Portinari). E os parceiros da saúde mental! Cinco Anos da TV Pinel (2001 – Instituto Philippe Pinel), 4 1/2 Semana de Arte e Loucura (2002), realizada com hospitais psiquiátricos do Rio de Janeiro e o Centro Cultural da Saúde, e O quê se passa na minha cabeça? (2019), com o IPUB. 

O Museu da Vida e a Fiocruz são parceiros de longa data, a começar pela nossa primeira exposição, Vida, exibida em 1995. Desde então, exibimos Chagas do Brasil – 90 Anos da Descoberta da Doença de Chagas (2000), A Ciência dos Viajantes (2001), Roquete Pinto: um mestre brasiliano (2004) etc. Em 2019, As Aventuras do Corpo Humano, em dois meses na Casa da Ciência, alcançou um público de quase 30.000 pessoas, que vieram de todos os cantos do estado do Rio de Janeiro e até de outros países. Show, né?!

Cabe uma menção especial à Estação Ciência (USP) e ao Tecnorama, sucessos de público, que, infelizmente, fecharam suas portas. E a lista de parceiros continua: SESCiência, CNEN, CECIP, Folguedo, British Council, SESC São Paulo, Ciência Hoje, Unidos da Tijuca, Museu Paraense Emílio Goeldi, Sociedade Brasileira de Química e tantos outros. Também tivemos colaboradores internacionais, como o CosmoCaixa (Espanha), em Paisagens Neuronais (2009). 

Enfim, são incontáveis aqueles com quem temos uma dívida de gratidão por nos ajudarem a construir uma história na popularização da ciência no Brasil, difundindo conhecimento, com muita ciência, arte e cultura ao público. 

E sobre os outros programas da Casa da Ciência!? Aguarde o próximo post. 

Siga nossos posts históricos todas as segundas-feiras.


Referências:

Entre que a Ciência é sua! Reflexões sobre a produção memorialística da Casa da Ciência da UFRJ no cenário da Divulgação Científica Brasileira (Luciane Correia Simões, 2020).

Depoimentos e documentos do Acervo do Projeto Memória da Casa da Ciência.

Acesse:

Exposição incentiva garotada a descobrir fenômenos da Física, na Casa da Ciência da UFRJ – YouTube

Passeio Pedagógico CASA da Ciência UFRJ – YouTube

CASA DA CIÊNCIA, RIO DE JANEIRO – YouTube

COMO FAZER UMA EXPOSIÇÃO? Design de espaços para museus e galerias – YouTube

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