Já parou para pensar em quantos(as) cientistas negros(as) você conhece? Ou em quantos(as) professores(as) negros(as) você tem ou já teve? É bem provável que esses números ainda não sejam expressivos, mesmo que tenham aumentado um pouco nos últimos anos.

E quais são os efeitos dessa baixa representatividade negra no mundo das ciências? Um dos maiores problemas é que as crianças negras, quando não se veem representadas nos lugares de destaque da produção de conhecimento, chegam a pensar que estes lugares não são para elas. É verdade que, infelizmente, ainda existem muitas barreiras para a população negra alcançar certas posições sociais, pois o racismo modela as estruturas da nossa sociedade, mesmo sem a gente perceber. Mas é verdade, também, que muitas pessoas e instituições vêm lutando para transformar essa realidade!

Hoje, 20/11, celebramos o Dia da Consciência Negra, uma data muito importante não só para refletir sobre as desigualdades raciais na produção de conhecimento, mas também para destacar as práticas antirracistas no mundo das ciências! 

É por isso que reconhecemos a importância de valorizar notícias e iniciativas recentes de pessoas e instituições que conseguem quebrar essas barreiras sociais e abrir caminhos para as próximas gerações. Quer conhecer algumas delas? Então, vem com a gente!

• Em agosto, a Profª. Drª. Rita de Cássia dos Anjos, da Universidade Federal do Paraná/UFPR, recebeu o prêmio “Programa para Mulheres na Ciência 2020” (promovido pela L’Oréal Brasil, UNESCO Brasil e Academia Brasileira de Ciências), na área de Ciências Físicas. A cientista astrofísica pesquisa sobre raios cósmicos de altas energias e estuda a força que vem de estrelas que estão a 160 milhões de anos-luz da Terra! Genial, né?! E o mais bacana é que ela também atua em projetos sociais para motivar o interesse dos jovens pelas ciências exatas! Para saber mais, clique aqui! 

• No início de novembro, o nosso parceiro Museu da Vida/Fiocruz lançou o projeto “Meninas Negras na Ciência”, para incentivar estudantes do ensino médio (entre 14 e 19 anos) moradoras das comunidades próximas ao museu a ingressarem no campo das ciências. Não é o máximo?! As inscrições para fazer parte das atividades já foram encerradas, mas vale a pena acompanhar os próximos passos da iniciativa, no perfil do projeto no Instagram: @meninasnegrasnaciencia 

• Conhece os cientistas do continente africano e suas contribuições científicas? A jovem cientista da computação Ana Carolina Da Hora reuniu a história de vários deles no seu canal Podcast Ogunhê. Nos episódios, é possível conhecer cientistas negras e negros de Moçambique, Uganda, Etiópia, Senegal, Tanzânia, Eritreia e muitos outros países! Que tal ouvir sobre cada um deles(as) aqui e, depois, pesquisar mais sobre os lugares onde nasceram? Está aí uma ótima oportunidade de viajar sem sair de casa! 

Para descobrir mais sobre o tema: 

O que é racismo estrutural?

2 minutos para entender a desigualdade racial no Brasil: 

10 discursos famosos para refletir sobre o racismo: 

https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/10-discursos-famosos-para-refletir-sobre-o-racismo/

Para conhecer mais jovens cientistas negros(as) no Brasil:

O futuro da tecnologia do Brasil em mãos de mulheres negras: 

https://www.pretalab.com/dados

Cientista em construção: 

https://www.ninadahora.dev/

Pesquisa, métodos digitais, ciência, tecnologia e sociedade:

https://tarciziosilva.com.br

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