#PraegoVer: Imagem com fundo bege, com desenhos referentes à arte rupestre. Na parte central, está escrito "Conhça mais da exposição Arte Rupestre e Realidade Virtual"; "Arte Rupestre e Realidade Virtual". No lado esquerdo, há três imagens com dispositivos utilizados na exposição, como telas, tablets e óculos de realidade virtual.

Conheça mais da exposição Arte Rupestre e Realidade Virtual

Olá, professor e professora! 

No dia 15 de agosto, na Casa da Ciência da UFRJ, foi inaugurada a exposição Arte Rupestre e Realidade Virtual, uma experiência imersiva que combina arqueologia, história e tecnologia para aproximar o público de alguns dos registros mais antigos da presença humana no continente americano. É a primeira vez que a mostra chega ao Rio de Janeiro, depois de passar por Belém (PA) e Petrópolis (RJ), onde já atraiu mais de 145 mil visitantes.

Durante o percurso, o visitante é transportado pelo tempo e pelo espaço para conhecer a arte rupestre brasileira e entender o papel que ela desempenhou na vida dos povos que viveram aqui há milhares de anos, já que é considerada a primeira forma de expressão artística humana, feita por meio de pinturas e gravuras sobre rochas. Esses registros revelam cenas do cotidiano, rituais, símbolos e marcas que, mesmo com o passar dos séculos, continuam a nos intrigar e despertar perguntas. Por que criar imagens que não estavam diretamente ligadas à sobrevivência? O que elas significavam para quem as fez? O que nos dizem sobre a necessidade humana de se expressar?

A exposição responde a essas questões de um jeito inovador. A partir de diferentes recursos de multimídia, será possível conhecer e explorar sítios arqueológicos como Monte Alegre (PA), Serra da Capivara (PI) e o Parque Cavernas do Peruaçu (MG) — locais fundamentais para o estudo da arte rupestre e do povoamento do continente sul-americano, destacando as características particulares das suas pinturas e os processos químicos envolvidos desde a extração dos pigmentos utilizados até a tecnologias na datação e conservação das imagens. 

No caso de Monte Alegre, localizado no oeste paraense, existem mais de cem sítios arqueológicos registrados, sendo que quinze deles estão entre os mais antigos das Américas. O parque foi reconhecido em 2022 pela World Monuments Watch como um dos 25 patrimônios mundiais que enfrentam desafios urgentes de preservação.

Para produzir essas imagens virtuais, a equipe da mostra visitou, em 2019, cinco sítios de Monte Alegre, e registrou em alta definição o que há de mais impressionante na arte rupestre amazônica. O resultado é uma experiência visual e sensorial que dá ao visitante a sensação real de estar diante dessas obras milenares, sem sair do espaço expositivo.


Imagem de um dos jogos educativos que você encontrará na exposição

Além disso, a exposição apresenta o Mapa das Migrações Humanas, um recurso de realidade aumentada que mostra as rotas e teorias sobre a chegada dos primeiros grupos humanos ao continente americano e que revela descobertas recentes que recuam em até 30 mil anos a presença humana nas Américas. As animações e textos explicativos ajudam a compreender os movimentos migratórios, as mudanças climáticas e as adaptações que esses povos fizeram para sobreviver em diferentes regiões.

A programação inclui ainda dois minidocumentários. O Último Chão da Terra discute as principais teorias sobre o povoamento das Américas, enquanto A Arte Rupestre de Monte Alegre apresenta a riqueza visual e histórica dessa região, além de abordar os desafios para a preservação desses registros. Os filmes ajudam o público a entender que a arte rupestre não é apenas um conjunto de desenhos antigos, mas uma narrativa sobre a vida, os valores e as crenças dos primeiros habitantes do continente.

A exposição também busca valorizar a herança indígena presente na nossa cultura. Como explica o curador Adriano Espínola Filho, “educar sobre a história e a arte dos primeiros habitantes do continente significa valorizar os nossos povos originários, a nossa matriz indígena, que se mostra em tantos rostos e costumes brasileiros, apesar de todo esforço em negá-la, uma história que precisa ser resgatada e valorizada para que crianças, jovens, adultos e idosos tenham a oportunidade de se reconhecer e se reconectar com o seu passado mais remoto”. Essa valorização passa também por um alerta: muitos sítios arqueológicos no Brasil estão em estado de abandono e precisam de investimento e cuidado para que não desapareçam.

Quem visitar poderá perceber a força de um patrimônio que começou na mais recôndita caverna do passado e chega hoje às telas de alta tecnologia. É também um convite para professores e escolas, pois abre possibilidades de trabalho interdisciplinar com História, Geografia, Arte, Ciências e Filosofia, estimulando debates sobre comunicação, ancestralidade, preservação e identidade cultural. 

Produzida pela DDK Digital, com realização local da UFRJ, do Fórum de Ciência e Cultura e da Casa da Ciência, a mostra conta com patrocínio do Instituto Cultural Vale e consultoria científica das arqueólogas Edithe Pereira, do Museu Paraense Emílio Goeldi, e Claide Moraes, da Universidade Federal do Oeste do Pará. 

É uma oportunidade única de caminhar virtualmente por cavernas milenares, explorar mapas interativos, assistir a documentários e, principalmente, se conectar com a nossa história mais remota. Do traço na pedra ao pixel na tela, a arte segue cumprindo seu papel: contar histórias e nos lembrar de quem somos.

Serviço

Exposição “Arte Rupestre e Realidade Virtual”, aberta à visitação de 15 de agosto a 14 de dezembro de 2025

Horário: de terça a sexta-feira, das 9h às 20h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 17h 

Local: Casa da Ciência da UFRJ – Rua Lauro Müller, 3, Botafogo, Rio de Janeiro.

Entrada gratuita 

Agendamento de escolas ou grupos com mais de 8 pessoas: agendamento@casadaciencia.ufrj.br ou https://juntosnacasa.casadaciencia.ufrj.br 

Contato para imprensa: Viábil Comunicação – Flávia Perez – fla.perez@gmail.com

Saiba Mais

http://arqueologiamontealegre.museu-goeldi.br/

https://www.gov.br/museugoeldi/pt-br/arquivos/noticias/exposicao-une-realidade-virtual-e-a-arte-rupestre-da-amazonia-1

https://www.gov.br/museugoeldi/pt-br/arquivos/noticias/visoes-sobre-a-arte-rupestre-de-monte-alegre