Quantos nomes um hospital pode ter?

Arte com uma foto do antigo prédio do hospício com pessoas em frente a ele. Acima da foto à direita, duas circunferências coloridas com duas ilustrações: uma com fundo amarelo e um cérebro em branco e a outra de fundo azul com uma seringa em branco. Ao lado esquerdo da fotografia, aparecem três circunferências coloridas com ilustrações: a primeira com fundo vermelho e casinha em branco, a segunda mais abaixo com fundo azul e o selo de 25 anos da Casa da Ciência, abaixo dessa uma com fundo amarelo e um livro.
Hospício de Pedro II, 1861. Arquivo Nacional.

Na boca do povo e nas páginas da imprensa, não faltou criatividade e uma dose de preconceito contra aqueles que iam parar no hospício e contra a própria instituição. Sim, essa é uma história de pirar a cabeça!! Não dá para contar em poucas palavras…

A verdade é que o primeiro hospício do Brasil tem uma longa história e suas denominações refletem mudanças de diferentes períodos históricos.

De início, em 1852, o Hospício de Pedro II foi inaugurado em homenagem a D. Pedro II. Já na República, em 1890, a instituição foi incorporada ao novo regime político, como Hospício Nacional de Alienados. Em 1911, com a reorganização da assistência aos doentes mentais da capital, o hospício passou a ser chamado Hospital Nacional de Alienados. Em 1927, atendendo a mudanças conceituais e a outra legislação, foi denominado Hospital Nacional de Psicopatas. Já no governo de Getúlio Vargas, em 1935, o velho hospício foi renomeado Hospital Psiquiátrico, atendendo a novas mudanças legais. Em 1944, a instituição foi fechada e seus pacientes, funcionários e médicos foram para outras unidades psiquiátricas da cidade carioca.

Acompanhe essa história em nossos posts de segunda-feira! E não esqueça de acessar os posts anteriores.

Quer saber mais?

Acesse:

http://www.ccs.saude.gov.br/memoria%20da%20loucura/mostra/hna.html

http://www.ccms.saude.gov.br/hospicio/origens1.phpens1.php

http://mapa.an.gov.br/index.php/menu-de-categorias-2/323-hospicio-de-pedro-segundo

Pesquise:

Os delírios da razão: médicos, loucos e hospícios. Rio de Janeiro, 1830-1930 (Magali G. Engel, 2001).

No labirinto das fontes do Hospício Nacional de Alienados (Cristiana Facchinetti; Andrea Ribeiro; Daiana Chagas; Cristiane Sá Reis, 2010).

Os caminhos da loucura na Corte Imperial: um embate historiográfico acerca do funcionamento do Hospício Pedro II de 1850 a 1889 (Monique de S. Gonçalves; Flávio C. Edler, 2009).

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